segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ESCRITORES DA LIBERDADE


É vertente primordial de nosso Projeto Político Pedagógico trabalhar a identidade dos alunos com o objetivo de promover maior segurança, expressão autoral, autonomia e, consequentemente a autoestima. Desta forma foi desenvolvido na turma 1.501, professora Márcia Joana o projeto de trabalho "Escritores da Liberdade", turma esta composta por 42 alunos que já demonstram claramente a transição da infância para a adolescência. O projeto foi desenvolvido no período de fevereiro a maio deste ano e iniciou-se com a narrativa do poema "Meus oito anos" de Casimiro de Abreu, numa tentativa de resgatar um período não distante para eles, mas tão rico e prazeroso:
             Oh! que saudades que eu tenho
                 Da aurora da minha vida,
                 Da minha infância querida
                 Que os anos não trazem mais!
                 Que amor, que sonhos, que flores,
                 Naquelas tardes fagueiras
                 À sombra das bananeiras,  
                 Debaixo dos laranjais!
                 Como são belos os dias
                 Do despontar da existência! (...)
O poema foi apresentado em slide, após foram realizadas leitura compartilhada e interpretação do poema com o auxílio do dicionário para o entendimento das palavras desconhecidas. Posteriormente foi apresentado aos alunos a biografia do autor, com discussão de fatos  específicos de sua vida e, como enriquecimento, viram um vídeo da série "Brasilianas" (MEC, 1.955) com o poema musicado que apresenta uma criança em brincadeiras da época, abrindo espaço para discussões e correlações com as brincadeiras atuais.

Como preparação para a dinâmica a ser trabalhada foi apresentado aos alunos fotos da professora quando criança, para que a turma pudesse conhecer um pouco mais da infância da mesma. Este momento foi bastante interessante e inusitado, pois alguns alunos ficaram abismados em perceber a professora como criança, igual a eles, além de despertar a curiosidade pelo monóculo, objeto antigo até então desconhecido para eles.


Ao longo de uma semana, cada aluno trouxe de casa uma foto de quando era bebê e, sem que ninguém visse, colocava numa caixa. Na sexta-feira seguinte, foram para o pátio e realizaram a seguinte dinâmica: todos em círculo, à medida que fosse tirado a foto da caixa, era realizada a seguinte indagação: "Adivinhem quem é?", mostrando-a para todos que deveriam identificar de quem se tratava. Foi muito divertido!

Em sala foi proposto a escrita da autobiografia para que mergulhassem um pouco mais na vida de cada um. À medida que iam fazendo o registro, a professora lia em voz alta a autobiografia autorizada pelo autor da mesma. Essa atividade demorou cerca de quinze dias, pois os alunos iam se motivando a escrever aos poucos, à medida que viam o relato dos colegas, e foi respeitado o tempo de cada um.
Buscando enriquecer a discussão sobre o tema infância foi apresentado a música "Oito anos", de Paula Toller, que trata das características psicológicas de uma criança. Os alunos se empolgaram com canção e cantaram entusiasmados.

Aproveitando o período em que se homenageava a cidade, trabalhou-se a identidade do Rio de Janeiro com um texto que simula uma entrevista à cidade. Um grupo de alunos construiu uma pequena maquete da escola e seu entorno. Foi lido um texto sobre a história da escola. Os assuntos discutidos neste período se estenderam até uma reflexão sobre a comunidade em que os alunos vivem. Desta forma foi proposto que assistissem ao filme "Escritores da Liberdade", pois a temática poderia desapertar na turma o gosto por escrever sobre suas realidades, expondo seus sentimentos
Organizou-se uma exposição para a comunidade escolar com  maquete e apresentação dos conhecimentos adquiridos no período do projeto.

 A avaliação do projeto se deu pela participação e empenho dos alunos nas atividades propostas. O desenvolvimento do projeto foi muito interessante, desafiador e  inquietante, trazendo experiências novas e complexas para a turma, à medida que mergulharam em suas histórias e registraram um pouco de suas vivências, muitas vezes adormecidas por uma difícil realidade.

                         

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

CONHECENDO A ARTE ATRAVÉS DE HISTÓRIAS

Conhecendo a arte através de histórias é um projeto de trabalho desenvolvido pela professora Renata Pinto de Azeredo Porto com a turma 1.203, a partir da perspectiva sócio-cultural da arte brasileira. Este foi o ponto de partida para contar a história "Tarsila e o Papagaio Juvenal".
O livro conta a  história  de Juvenal, uma  ave  bem  divertida  que  gosta  de  frutas.
Após a contação, houve uma conversa informal sobre a história,onde foi mostrado a ilustração do quadro o " O Vendedor de Frutas",  pintado  por  Tarsila  do Amaral.

Vendedor de Frutas
 Falou-se sobre as curiosidades do quadro e um pouco da vida e obra da artista, com o intuito de despertar nos alunos o gosto pela arte e pelas histórias, aguçando a imaginação e inserindo-os na formação de pequenos leitores e apreciadores de todas as expressões artísticas.
A partir desse momento pleno de comunicação, troca de experiências e ludicidade, permeado pela curiosidade, foi proposto que a turma fizesse uma releitura do quadro "O Vendedor de Frutas", onde teriam que se retratar na pintura.

Desta forma foram surgindo várias "telas", os alunos se mostraram bastante participativos e ao final foi confeccionado um cartaz para que todos pudessem admirar tanto o seu trabalho quanto os demais.
Conhecendo um pouco mais...
Tarsila do Amaral nasceu no dia 1º de setembro de 1886, no município de Capivari, em São Paulo.Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou sua infância na  fazenda.
Amava  viver na fazenda, seu país, as festas, os amigos, desenhar e pintar o que via e imaginava. "O Vendedor de Frutas", datado de 1925, remete-nos para um mundo lírico do país tropical abundante em frutos e paisagens amenas. O pequeno barco que atravessa o oceano está repleto de símbolos, como os frutos da terra , sinal de abundância de um imenso país banhado pelas luzes dos trópicos. o personagem retratado em primeiro plano, com seu grande chapéu, é o símbolo do trabalho do campo. em sua forma e cor faz rima com os abacaxis e as laranjas.
Esse quadro faz uma síntese do Brasil que inclui a agricultura, a religião (com a igreja atrás, em plano de fundo), a paisagem litorânea representada pelos coqueiros e o mar, a luz intensa, o trabalhador e o papagaio, todos símbolos do tropicalismo.
                                        Professora Renata e a turma 1.203 


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

SEMANA DA EDUCAÇÃO INFANTIL



A "Semana da Educação Infantil do Município do Rio de Janeiro", instituída pelo decreto municipal nº 35028, lei estadual nº 6149,  lei federal nº 12.602 de 3 de abril de 2012, é considerada um marco no calendário e nas ações de promoção e valorização da Educação Infantil no município do Rio de Janeiro desde o ano de 2012. Tem como premissa os múltiplos olhares dos sujeitos envolvidos no cotidiano e a valorização da primeira infância na constituição do sujeito.

São objetivos específicos desta semana:
  • Ampliar as diferentes compreensões acerca do tempo e espaço da educação infantil;
  • Dar visibilidade a ações de promoção de saúde e desenvolvimento na primeira infância;
  • Proporcionar às crianças experiências significativas e propulsoras de aprendizagens
  • Fortalecer a comunicação/parceria entre a Instituição Educativa, Serviços de Saúde e a Comunidade;
  • Ampliar o universo cultural dos sujeitos envolvidos;
  • Divulgar as ações educativas desenvolvidas pelas creches, EDIs, e pré-escolas do município do Rio de Janeiro.

Em nossa Unidade Escolar priorizamos envolver os responsáveis num dia todo especial, onde compartilharam com seus filhos a rotina de atividades na Educação Infantil: "Eu adorei estar na escola compartilhando com minha filha e com a turma, foi um prazer, foi um momento único".(Ana Claudia, mãe da Raquel)

A professora Bianca Maghelly, regente de das turmas EI-10 e EI-12, optou por vivenciar com suas turmas um momento de resgate das brincadeiras de roda, levando os responsáveis a voltarem no tempo e ser criança novamente, cirandando..."Foi tão bom que lembrei quando eu fazia a mesma coisa na minha infância, gostei muito que repetiria a qualquer dia. (Jessica, mãe da Camilly Vitótia)

Assim, as famílias além de visitarem o ambiente escolar, apreciarem os trabalhos desenvolvidos pelas crianças, degustarem  novos sabores, enriqueceram ainda mais o convívio com os filhos a partir de uma experiência de troca de saberes e ao final registraram suas impressões. A responsável Mônica Albuquerque, mãe do Matheus, turma EI-10, descreve bem o dia atípico que viveu:

 "Um dia muito gostoso poder fazer tudo que meu filho faz ao chegar na escola. Foi muito interessante e proveitoso saber que há todo um trabalho de aproveitamento de nosso filho, da energia da criança e seu desenvolvimento.
   Para nós pais que fica lá fora da escola, deixa seu filho entrar, sem saber o que é feito do tempo de recreação e merenda, foi uma manhã de descobertas e confiança na escola e professores. 
    Afinal educamos nossos filhos e a escola prepara eles para enfrentar o mundo lá fora.
    Obrigada por proporcionar esse dia." 
Outros registros: